ESCLERAIS

CONDIÇÕES OCULARES

Lentes de Contacto

Esclerais (“grandes rígidas”)

Todas as lentes de contacto que parcial ou totalmente apoiam na esclera, são denominadas de esclerais, no entanto a “Scleral Lens Education Society” (SLES) recomenda uma nomenclatura mais específica.


De acordo com a SLES, o apoio da lente é o fator que define a nomenclatura. Se a lente apoia totalmente na córnea, estas são denominadas de lentes de contacto corneanas. Se este apoio for feito em parte na córnea (quer central ou paracentral) e a outra zona de apoio na esclera, serão denominadas de córneo-esclerais. Por fim, se o apoio for totalmente escleral (independentemente do diâmetro da mesma) serão denominadas de lentes esclerais.


Dentro das LCE, pode ainda existir uma subdivisão entre mini-esclerais e grandes-esclerais. As mini-esclerais são todas as lentes com um diâmetro até 6mm maior que o diâmetro horizontal da iris visível (DHIV), e as grandes-esclerais todas aquelas com um DHIV maior ou igual a 6mm.

Os candidatos ideais para utilização de lentes esclerais, incluem pacientes com córneas irregulares (queratocone, degenerescência marginal pelúcida (DMP), pós queratoplastia penetrante (PKP) ou transplante lamelar, abrasões corneanas e irregularidades após cirurgia refrativa), alterações da superfície ocular e defeitos epiteliais permanentes (DEP), altas ametropias e pacientes que não queiram realizar transplante corneano.


As lentes esclerais apresentam também inúmeras vantagens em pacientes com condições não patológicas, tais como erros refrativos elevados, especialmente astigmatismos regulares, devido à estabilidade da zona ótica e o seu maior diâmetro, o que em pacientes com diâmetros pupilares grandes representa uma grande vantagem, diminuindo a distorção visual (halos e glare) e subsequentemente aumentando a melhor acuidade visual corrigida.


Apesar de todas as vantagens deve-se conhecer as suas limitações ou mesmo contraindicações como por exemplo em doentes que apresentem alterações endoteliais (diminuição da densidade celular endotelial e distrofia endotelial de Fuch´s), glaucoma (PIO, implantes de drenagem de humor aquoso e Blebs) e porte noturno.

 

Quanto à sua colocação e remoção, bem como dicas clinicas assista ao vídeo seguinte:

Fonte

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