OLHO SECO

CONDIÇÕES OCULARES

Olho Seco

Segundo a TFOS DEWS II (Tear Film & Ocular Surface Society - Dry Eye Workshop II) define-se olho seco como “uma doença multifatorial da superfície ocular, caracterizada pela perda da homeostasia do filme lacrimal e acompanhado por sintomatologia ocular, onde a instabilidade do filme lacrimal, hiperosmolaridade, inflamação e alteração neurosensorial, desempenham um papel etiológico”


Podemos subdividir o olho seco em 3 tipos: deficiência aquosa, evaporativo ou misto.

O olho seco do tipo deficiência aquosa afeta a glândula lacrimal principal, enquanto o tipo evaporativo mais as pálpebras (glândulas de meibómio e pestanejo) e superfície ocular (camada mucina e uso de lentes de contacto)

 

A sua prevalência está compreendida entre 5%-50% na população adulta, aumentando na população idosa para 75% e com maior prevalência no sexo feminino especialmente após a menopausa (aumento do risco em 9,8%).

 

Causas de doença de olho seco


 ➤Alteração da superfície ocular (ex. pós cirurgia catarata ou cirurgia refrativa);

 Diminuição da frequência do pestanejo (ex. doença Parkinson);

 Doenças autoimunes (ex. Doenças reumáticas, lúpus eritematosos, esclerodermia, granulomatose de Wegener, doença Behçet e doença de Graves);

  Outras patologias e medição (ex. síndrome de Sjögren, hipertiroidismo, dermatomiosite, tracoma ocular, defici Vitamina A, disfunção da glândula de Meibomio, ectrópio, antidepressivos, anti-histamínicos, midriáticos, contraceptivos orais, diuréticos, anti-hipertensores, conjuntivite alérgica e blefarite anterior).



Sintomatologia


  Ardor;

  Prurido (“comichão”);

  Epífora (“excesso lágrima”);

  Olho vermelho;

  Desfocagem visual transitória;

  Dor aguda localizada;

  Sensação de corpo estranho.

 

Tratamento


Segundo a TFOS DEWS II o tratamento sugerido divide-se em 4 fases:

  Aconselhamento educacional (ex. Diminuir tempo exposição ao PC, redução do porte de lentes de contacto, humidade relativa, etc) e utilização de medicamentos de venda livre (colírios e pomadas oftálmicas ou anti-inflamatórios (ectoína));

  Medicação específica sujeita a prescrição médica (ex. Cicloesporina);

 Soro autólogo e secretagogos orais;

 Terapêutica com corticoides com possível intervenção cirúrgica

.

De salientar como complemento os suplementos nutricionais como são o exemplo de reforço de Omega 3, vitamina C, vitamina E, zinco, cobre, ácido eicosapentaenóico e ácido docosahexaenóico, vitamina A, vitamina B6, B9, B12, riboflavina e niacina.

 

Fonte

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